A partir do dia 1 de junho começa a Semana Mundial do Meio Ambiente. Geralmente este é um período com muitas atividades para quem atua na área. Mas este ano será diferente. Muitos espaços de educação ambiental estão fechados, as aulas nas escolas e universidades estão suspensas. Ao mesmo tempo, os conteúdos disponíveis na internet inundam nossas casas nos deixando perdidas ou perdidos em meio a tanta disponibilidade de informação.
A Semana Mundial do Meio Ambiente foi criada para dar visibilidade para as causas ambientais. Por isso, propor ações para que as pessoas reflitam sobre a interdependência dos elementos que propiciam a vida no planeta pode ser muito interessante. Mesmo que à distância.
Mas, este também pode ser um momento de introspecção. É possível aproveitar este tempo para pensar sobre nossa atuação como ambientalistas e como educadoras e educadores ambientais. Com quais problemas ambientais você tem se preocupado mais? Como eles estão sendo influenciados pela pandemia? Quais são seus principais desafios como educadora ou educador ou como representante de uma instituição? Você tem conseguido vislumbrar um futuro melhor depois que essa crise passar?
Nesse momento crítico que estamos passando está mais difícil alimentar nossa esperança. Mesmo quando existem indícios de que novas formas de nos organizarmos como sociedade podem surgir. Também ficou complicado imaginar como podemos exercer nosso papel sem o contato físico com as pessoas e longe das florestas, do cerrado, dos rios, das áreas verdes urbanas... E está tudo bem.
É por isso que estamos propondo um momento de parada. Um tempo para refletir sobre o que é importante para nós. Sobre em quais causas queremos realmente nos engajar. Afinal, não dá para abraçar o mundo! E de que forma podemos fazer isso durante o período de distanciamento social e depois que ele passar.
Às vezes, o melhor que podemos fazer é nos fortalecer internamente para termos energia e disposição para continuar nessa luta, que não é fácil. Mas se você está lendo este texto, provavelmente você já não consegue ser uma pessoa inteira sem se movimentar pelas causas ambientais. Por isso, desistir talvez não seja uma opção. Resistir e persistir são verbos mais adequados. Mesmo que resistir seja se recolher por um tempo.
Nós, da Fubá, estamos passando por esses mesmos dilemas. Mas, saiba que você pode contar conosco! Em colaboração tudo pode ficar mais leve e mais forte.
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