Você já parou para pensar no potencial educativo de uma história compartilhada? A visão de que todas as pessoas sempre têm algo a ensinar e a aprender é o nosso ponto de partida. Trata-se de um ensinamento sistematizado pelo educador Paulo Freire e que faz muito sentido quando falamos de histórias.
Cada pessoa tem uma experiência única de vida e pode compartilhar suas sensações, percepções e saberes por meio do diálogo. Como o diálogo acontece na diferença, ao ouvirmos as histórias que nos contam, temos a oportunidade de aprender e de interagir com as pessoas e com cada história a partir da nossa própria vivência, potencializando o aprendizado.
Como educadoras e educadores, compartilhar nossas próprias histórias e experiências pode ser um ótimo recurso na mediação de atividades educativas. Quando contamos histórias nos despimos da posição de “autoridade” que é esperada no ensino tradicional. A ação de educar se torna mais dialógica à medida que a educadora ou educador e o grupo se abrem para contar, ouvir e aprender com as experiências de cada pessoa.
Podemos falar do nosso encantamento com a natureza em alguns lugares que já visitamos. Ou dizer como nós nos interessamos verdadeiramente por determinado tema. Assim mostramos que conhecer novos ambientes pode surpreender e que interessar-se por um novo assunto pode ser revelador. As nossas vivências e as das outras pessoas conseguem inspirar o nosso público.
Além disso, as histórias verdadeiras estão imersas na complexidade do mundo real. Ou seja, não estão separadas em disciplinas ou em conteúdos específicos. Então, elas apresentam as inter-relações entre conteúdos, sentimentos, vivências, cultura, memórias, etc. ajudando a compor uma visão ampla e sistêmica da realidade.
Existem infinitas maneiras de nos expressarmos, as quais estão relacionadas a questões sociais, culturais, pessoais e outras. Como é que cada pessoa ou que cada grupo conta suas histórias? Para refletirmos sobre essa questão podemos convidar pessoas de culturas diferentes ou com experiências incomuns para dialogar com o nosso público. Assim, as histórias são uma ótima ferramenta para agregar diversidade à ação educativa.
O potencial de aprendizagem se amplia com a diversidade, e o diálogo coloca em interação pessoas com conhecimentos, visões de mundo e perspectivas diferentes, desconhecidos enquanto as relações entre elas não acontecem.
E você, já tinha parado para pensar no potencial educativo de uma história? Fica o nosso convite para você refletir sobre que histórias pretende compartilhar para enriquecer o aprendizado em suas atividades educativas.
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