No FubáZINE anterior nós conversamos sobre como é importante possibilitar que nas trilhas, parques, zoológicos, aquários, museus e outros espaços educadores, o público desfrute ao máximo a experiência única que esses espaços podem proporcionar. Mas para que possamos aproveitar todo esse potencial, as atividades educativas precisam ser bem planejadas.
Geralmente o tempo é um fator limitante nas ações em espaços de educação não formal. Assim, a definição dos objetivos e a seleção de conteúdos e atividades coerentes com esses objetivos é uma etapa fundamental do planejamento. Afinal, não será possível realizar tudo o que gostaríamos, nem trabalhar todos os temas que consideramos importantes. Será preciso selecionar. Para ajudar nessas escolhas, temos aqui algumas questões:
De que você gostaria que as pessoas lembrassem depois da visita?
Como você gostaria que as pessoas se sentissem depois da visita?
O que você gostaria que elas dissessem após a visita?
O que você gostaria que elas fizessem após a visita?
O que o público gostaria de lembrar, sentir, aprender, falar e fazer depois da visita? É possível perguntar isso a elas e a eles?
Quais atividades e conteúdos ajudarão a promover essas boas memórias, sentimentos, conhecimentos e ações?
O que de mais importante essa visita pode oferecer? O que deve ser priorizado?
Quais atividades e conteúdos podem ser trabalhados especificamente nesse local?
O que torna o espaço a ser visitado um lugar único? O que existe ali de especial que não pode ser vivenciado em outro lugar?
Quais atividades e conteúdos podem ser desenvolvidos na escola ou em casa e não precisam ser abordados durante a visita/atividade?
Se você precisar adaptar seu roteiro por falta de tempo ou por outra razão, o que você não pode deixar de realizar, considerando os aspectos identificados nas perguntas anteriores?
Você deve ter notado que é importante considerar o que você educadora ou educador e o restante da equipe consideram importantes, mas também o que as pessoas que visitarão aquele espaço esperam, buscam e pelo quê se interessam. Esse é o “match” (sinergia) ideal que precisamos encontrar ao planejar e realizar nossas ações de educação ambiental.
Mesmo quando não é possível antecipar um diagnóstico, a abertura ao diálogo no momento da visita ou atividade possibilita identificar as demandas e os interesses do público.
Com o tempo e a experiência adquirida, começaremos a identificar alguns padrões. Aos poucos e com avaliações contínuas poderemos chegar a um trabalho mais próximo do ideal. Ou seja, aquele que proporciona a melhor experiência educativa para as pessoas atendidas.
Para terminar, gostaríamos de lembrar que, apesar de estarmos focando no contexto não escolar, várias dessas reflexões também servem para quem atua na escola. Se for o seu caso, o desafio de elaborar projetos que façam sentido para você e para seu público também está valendo para você!
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