Entre tantos problemas políticos, sociais e econômicos que nosso país enfrenta, às vezes, fica difícil compreender a importância da conservação da biodiversidade neste contexto. Mas, esta é uma ação fundamental para a manutenção da vida do planeta. E o Brasil tem uma responsabilidade global neste tema, pois mantemos boa parte da biodiversidade mundial.
Desde que a nossa sociedade começou a se preocupar com o meio ambiente, a conservação da biodiversidade tem sido uma das questões mais importantes. Ela tem a ver com o equilíbrio dinâmico da natureza, com a manutenção de espécies e ambientes e todas as inúmeras interações que isso envolve. Inclusive a interação com os seres humanos.
Em geral, as ações humanas impactam profundamente e de forma negativa a biodiversidade. O desmatamento, a poluição, a introdução de espécies exóticas são alguns exemplos que geram consequências muitas vezes irreversíveis para a diversidade de vida que temos no planeta.
Mas, existem também algumas ações humanas que favorecem ou que, pelo menos, geram muito menos impactos negativos. Muitas práticas de comunidades e povos tradicionais ajudam a manter o equilíbrio ecológico. A agricultura agroecológica, as construções sustentáveis, a alimentação orgânica e natural não são invenções do nosso tempo! Com nomes diferentes, elas fazem parte do dia-a-dia de muitas pessoas que vivem de uma forma bem mais harmônica com a natureza.
E é justamente na relação entre os seres humanos e os não humanos que entra a educação ambiental. Como educadoras e educadores, temos o papel de compreender essas relações, identificar desafios e potencialidades e promover a busca de soluções junto com nosso público.
Ou seja, o diálogo e a participação são princípios fundamentais desse processo. Para atuar pela conservação da biodiversidade precisamos estar muito abertas ou abertos a aprender com as pessoas e compartilhar nossas experiências. O que é bem diferente de uma abordagem acusatória e impositiva.
Para a nossa equipe, esta sempre foi uma área de atuação muito interessante. Na pós-graduação nos envolvemos em diversas pesquisas com educação ambiental e conservação da biodiversidade. Inclusive ajudamos a escrever um livro (Educação ambiental para a conservação da biodiversidade: animais de topos de cadeia) sobre esse tema.
Além disso, desde de 2018 temos uma parceria com o ICAS - Instituto de Conservação de Animais Silvestres. O ICAS atua com projetos de conservação da biodiversidade no Brasil, com foco em duas espécies da nossa fauna: o tatu-canastra e o tamanduá-bandeira. O ICAS foi fundado pelo pesquisador Arnaud Desbiez, uma pessoa inspiradora e engajada. E a Fubá é responsável pelo componente educativo do instituto.
É um orgulho para nós fazer parte desse movimento e contribuir para a conservação do tatu-canastra, do tamanduá-bandeira, do Pantanal, do Cerrado, da Mata Atlântica e também da diversidade sócio-cultural dessas regiões.
Para conhecer mais sobre o trabalho do ICAS, acesse o site: https://www.icasconservation.org.br/